Amor


É o amor com suas velhas mortalhas, suas canções, suas luzes.
É o amor e seus murmúrios.
O amor sob o céu, numa noite perfumada.
O amor, ainda.
O amor sem marcas como um rosto novo.
O alimento que os pássaros disputam também é amor.
O amor tem seus precipícios, é azul e branco.
O amor chega a passos lentos, ao cair da tarde.
O velho amor.
O amor pavimenta as ruas, ergue os edifícios.
É o amor e seus novos vícios, a abolição do passado.
O amor me mata, tranquilo, cruel, óbvio, cru.
O amor ainda é todos os dias a grande novidade.
E quando eu penso em voltar, isso também é amor.
O amor de nós exala, como um perfume barato.
O amor também é a pérola, a flor no cume da montanha,
Inalcançável, raro, raríssimo.

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