Poema do Sábado



Te amo no sábado
Com a preguiça dos domingos,
Te amo segunda,
Com o tédio das quintas,
Com a fúria das sextas.
E na indecisão das quartas,
Te amo com esperança.


O meu amor não obedece a calendários.
Te amo como se todos os dias fossem sábados,
Como se todos os dias fossem claros.
Como se não houvesse os dias,
Como se os sábados fossem luas
E girassem livres no firmamento.
Como se não devesse contá-los,
Como se não precisasse repetir que


Te amo nas sextas
com o terror dos domingos
E que te amo aos domingos
sob o sol dos sábados
E que te amo nas quintas como se houvesse folga
E que te amo nas quartas como amei nas segundas
E que te amo com esperança.