A música que eu busco
e não existe,
quente, seca, triste,
crianças se agitam como folhas,
a moça passa rindo e não me olha.
crianças se agitam como folhas,
a moça passa rindo e não me olha.
A música do meu
coração.
Canção vazia soando
nas esquinas.
Canção exausta feita
dos espaços que há na alma.
A música que resta
sobre os canteiros.
A música que é meu
nome e eu já não digo.
A música que paira
imóvel, depois do grande salto.
A música que eu quero e que me falta,
A música que eu quero e que me falta,
As lembranças que eu
trago e formam (e deformam) o meu corpo
A música que tu e eu
não esquecemos, que talvez seja uma alucinação.
E quando caminho solitário pela noite,
quando conto os anos que já tive e os que me faltam,
Lembro a música que
escuto, mas não danço.
A música que separada
em partes deixou de ser música.
A música que toca a mim, em
mim, ao mundo inteiro.
São Paulo, 2011
Lindo :)
ResponderExcluirEm nós!
ResponderExcluirQue bom poder ler você de mais um jeito, novamente.
Te amo,
Nanda.