A mulher desce a rua
sem porque nem quando.
É só uma mulher
passando, como um rio.
Tudo é incerto, mas
seus passos são firmes.
A mulher toma a forma
de um pássaro,
esforça-se para
esquecer.
A mulher não tem nome.
Tudo está à seu
favor, tudo está ao seu redor.
Quantas mulheres
passam diariamente nessas ruas?
Quantas usam as saias
amarelas e negras?
Quantas mantêm o
coração em movimento?
A vida é grave. Não
tão grave como no poema, no entanto.
A mulher caminha para
arejar-se.
Um dia não estará.
O que você escreve é das coisas que eu tenho vontade de guardar escritas perto de mim. São textos lindos e que eu sei que algum dia eu vou estar em algum lugar e querer lembrar deles palavra por palavra.
ResponderExcluirBeijos.